A subespécie de lobo que habita a Península Ibérica designa-se cientificamente por Canis lupus signatus e foi descrita por Angel Cabrera em 1907. Outrora distribuindo-se por toda a Península, actualmente encontra-se circunscrita às regiões do Centro-Norte e Norte.
Estima-se que na Península Ibérica, sobrevivam entre 1600 a 1700 lobos, existindo entre 150 a 200 em território português. Durante o século XIX os lobos eram numerosos em Portugal ocupando todo o território nacional. Contudo, já em 1910 era notório o seu declínio e apesar do actual estatuto de conservação do lobo, os estudos até agora realizados sugerem que a população lupina em Portugal continua em declínio. As causas do declínio do lobo são a sua perseguição directa e o extermínio das suas presas selvagens - veado e corço. O declínio é actualmente agravado pela fragmentação e destruição do habitat e pelo aumento do número de cães assilvestrados.
O lobo é considerado uma espécie animal com o estatuto de vulnerável segundo a "1990 IUCN Red List of Threatened Animals" da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a "Lista Roja de los Vertebrados de España, 1986" do Instituto de Conservação da Natureza Espanhol (ICONA) e com o estatuto de espécie em perigo de extinção de acordo com o "Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal" (SNPRCN, 1990). O lobo consta ainda do Anexo II da Convenção relativa à Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa (Convenção de Berna, 1979), do Anexo II da Convenção que regulamenta o Comércio de Espécies Selvagens (CITES) e do Anexo 2 do Regulamento 3626/82/CEE (SNPRCN, 1990). No nosso território, o lobo é totalmente protegido desde 1989 pelo Decreto-Lei 90/89.
A elaboração de uma estratégia que obste ao desaparecimento do último grande predador em Portugal e que vise a manutenção da sua viabilidade populacional deverá basear-se em conhecimentos profundos da ecologia e biologia deste carnívoro. Infelizmente, os conhecimentos actuais sobre o Lobo Ibérico são ainda insuficientes para o estabelecimento da desejada estratégia, pelo que se criou o Projecto Signatus.
Continuam a ser comuns as mortes por envenenamento e por armas de fogo, a captura com armadilhas, assim como, a remoção das crias das tocas (Petrucci-Fonseca 1993). A perseguição directa movida por pastores e caçadores - caça furtiva com armas de fogo, armadilhas e veneno - deve-se à crença generalizada que o lobo ataca o Homem e os animais domésticos.
Em relação ao ataque a humanos, existe apenas uma informação comprovada que se refere a um animal com raiva, doença que, felizmente, já há muitos anos se encontra irradicada de Portugal.
Actualmente, em Portugal, o lobo encontra-se confinado à região fronteiriça dos distritos de Viana do Castelo e Braga, à província de Trás-os-Montes e parte dos distritos de Aveiro, Viseu, Guarda e Castelo Branco.
Às causas históricas do declínio das populações lupinas, como sejam a sua perseguição directa e a das suas presas selvagens pelo Homem, acrescem, nos últimos anos, as alterações de habitat (devido sobretudo à destruição da floresta) e a diminuição do número de cabeças de gado (devido ao abandono da pastorícia tradicional) (Petrucci-Fonseca 1993, Petrucci-Fonseca et al. 1995).
A sua sobrevivência só será possível se lhe proporcionarmos refúgios adequados e presas naturais (corço, veado, e javali). Enquanto as suas presas naturais não existirem em densidade suficiente, há que aceitar que cause algumas baixas nos rebanhos, sendo os pastores indemnizados, sempre que se comprove que se trata de um ataque de lobo. A reintrodução de cervídeos - veado e corço - é fundamental para a sobrevivência dos últimos Lobos Ibéricos.
A escassez de presas naturais, provocada pela excessiva pressão cinegética sobre os cervídeos e pela destruição do seu habitat, leva a que, de facto, os lobos por vezes ataquem os animais domésticos (MOREIRA 1992; PETRUCCI-FONSECA 1990). No entanto, em áreas onde as presas naturais abundam, os prejuízos provocados pelo lobo no gado são quase inexistentes (VAN HAAFTEN 1983; MOREIRA 1992). Ao mesmo tempo, pensa-se que presentemente existam centenas de cães abandonados a vaguear pelo país, que competem com o lobo na procura de alimento e que com ele podem hibridar, sendo provavelmente responsáveis por muitos dos ataques a animais domésticos incorrectamente atribuídos ao lobo.
Estima-se que na Península Ibérica, sobrevivam entre 1600 a 1700 lobos, existindo entre 150 a 200 em território português. Durante o século XIX os lobos eram numerosos em Portugal ocupando todo o território nacional. Contudo, já em 1910 era notório o seu declínio e apesar do actual estatuto de conservação do lobo, os estudos até agora realizados sugerem que a população lupina em Portugal continua em declínio. As causas do declínio do lobo são a sua perseguição directa e o extermínio das suas presas selvagens - veado e corço. O declínio é actualmente agravado pela fragmentação e destruição do habitat e pelo aumento do número de cães assilvestrados.
O lobo é considerado uma espécie animal com o estatuto de vulnerável segundo a "1990 IUCN Red List of Threatened Animals" da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a "Lista Roja de los Vertebrados de España, 1986" do Instituto de Conservação da Natureza Espanhol (ICONA) e com o estatuto de espécie em perigo de extinção de acordo com o "Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal" (SNPRCN, 1990). O lobo consta ainda do Anexo II da Convenção relativa à Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa (Convenção de Berna, 1979), do Anexo II da Convenção que regulamenta o Comércio de Espécies Selvagens (CITES) e do Anexo 2 do Regulamento 3626/82/CEE (SNPRCN, 1990). No nosso território, o lobo é totalmente protegido desde 1989 pelo Decreto-Lei 90/89.
A elaboração de uma estratégia que obste ao desaparecimento do último grande predador em Portugal e que vise a manutenção da sua viabilidade populacional deverá basear-se em conhecimentos profundos da ecologia e biologia deste carnívoro. Infelizmente, os conhecimentos actuais sobre o Lobo Ibérico são ainda insuficientes para o estabelecimento da desejada estratégia, pelo que se criou o Projecto Signatus.
Continuam a ser comuns as mortes por envenenamento e por armas de fogo, a captura com armadilhas, assim como, a remoção das crias das tocas (Petrucci-Fonseca 1993). A perseguição directa movida por pastores e caçadores - caça furtiva com armas de fogo, armadilhas e veneno - deve-se à crença generalizada que o lobo ataca o Homem e os animais domésticos.
Em relação ao ataque a humanos, existe apenas uma informação comprovada que se refere a um animal com raiva, doença que, felizmente, já há muitos anos se encontra irradicada de Portugal.
Actualmente, em Portugal, o lobo encontra-se confinado à região fronteiriça dos distritos de Viana do Castelo e Braga, à província de Trás-os-Montes e parte dos distritos de Aveiro, Viseu, Guarda e Castelo Branco.
Às causas históricas do declínio das populações lupinas, como sejam a sua perseguição directa e a das suas presas selvagens pelo Homem, acrescem, nos últimos anos, as alterações de habitat (devido sobretudo à destruição da floresta) e a diminuição do número de cabeças de gado (devido ao abandono da pastorícia tradicional) (Petrucci-Fonseca 1993, Petrucci-Fonseca et al. 1995).
A sua sobrevivência só será possível se lhe proporcionarmos refúgios adequados e presas naturais (corço, veado, e javali). Enquanto as suas presas naturais não existirem em densidade suficiente, há que aceitar que cause algumas baixas nos rebanhos, sendo os pastores indemnizados, sempre que se comprove que se trata de um ataque de lobo. A reintrodução de cervídeos - veado e corço - é fundamental para a sobrevivência dos últimos Lobos Ibéricos.
A escassez de presas naturais, provocada pela excessiva pressão cinegética sobre os cervídeos e pela destruição do seu habitat, leva a que, de facto, os lobos por vezes ataquem os animais domésticos (MOREIRA 1992; PETRUCCI-FONSECA 1990). No entanto, em áreas onde as presas naturais abundam, os prejuízos provocados pelo lobo no gado são quase inexistentes (VAN HAAFTEN 1983; MOREIRA 1992). Ao mesmo tempo, pensa-se que presentemente existam centenas de cães abandonados a vaguear pelo país, que competem com o lobo na procura de alimento e que com ele podem hibridar, sendo provavelmente responsáveis por muitos dos ataques a animais domésticos incorrectamente atribuídos ao lobo.
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